terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pensamento na educação

Hoje em dia o que se verifica no ensino é a separação do todo em partes, como se fossem distintas. Acredita-se que se aprende melhor separando os conteúdos, aprendendo separadamente. O que texto de Morin nos fala é que só conhecemos as partes se conhecermos o todo em que se encontram e só será possível conhecer o todo se conhecermos as partes que o compõem, dizendo que esse é o problema do conhecimento.
O nosso pensamento foi treinado a pensar separadamente, a analisar as coisas uma de cada vez sem as relacionar. Quando é necessário fazer essas relações muitas vezes se torna difícil, nosso cérebro quase que bloqueia. O próprio sistema educativo perpetua a separação em vez da ligação, separando o ensino por conteúdos ( biologia, psicologia, sociologia) ficando cada um responsável por determinado assunto mas esquecendo de os relacionar. Dessa forma se estuda o ser humano, de forma separada, o que se torna difícil. Difícil porque o ser humano é um ser complexo, que sofre mutações pelo seu contato com a sociedade. Não é um ser constante. Esse modo de ensino nos torna mais sábio em alguns conteúdos mas, ao mesmo tempo, nos torna menos sábio quando temos que relacionar as partes no seu todo. Temos dificuldades em possuir um pensamento complexo, capaz de relacionar vários conteúdos, de analisar o todo e não apenas as partes que o compõem.
Como nos é mencionado no texto, a cultura geral ainda procura o conhecimento através da contextualização. Como é o caso da cultura científica e técnica, separando os saberes sem se importar em colocar esse conhecimento num contexto. O pensamento complexo facilita o relacionamento entre as partes e o todo. Não faz uma separação mas sim uma união.
Morin coloca no texto a o papel da universidade e da sociedade, mencionando ser necessário que seja feita uma mudança na educação para a implementação do pensamento complexo. Mas de que forma será possível? e será que terá resultados numa sociedade adestrada a pensar separadamente? Será a necessidade responsável pela forma de pensar ou será a sociedade? Quem mudar primeiro?

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