sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Resenha :)

Após a leitura dos textos se chega à conclusão que o foco de discussão feita pelos autores centra-se nos repositórios de objetos de aprendizagem (ROA). Apesar de se tratarem de diferentes autores o fato é que cada um, dando a sua explicação sobre os ROA, acabam por chegar à mesma conclusão.
Segundo António Carlos, os ROA surgem como "um meio para difundir a filosofia do software livre" e diminuir os custos com o ensino on-line. Esses objetos são colocados na web de forma organizada, catalogados para facilitar o seu acesso, permitindo a sua recuperação e poderem ser reutilizaveis sempre que necessário e em diferentes alturas.
No ponto de vista de Lynn Alves, os ROA são "espaços virtuais" cujas ferramentas estão à disposição de diferentes usuários contribuindo para o desenvolvimento de atividades colaborativas e, diminuindo também os custos da produção de ensino on-line.
Fala-se nestes textos não apenas dos ROA mas também focam outro assunto comum: a inteligência coletiva. Os obetos de aprendizagem disponibilizados no espaço virtual e podendo ser utilizados por diferentes sujeitos, implica que entre eles haja comunicação, troca de informação. Uma interacção que é incentivada pelo ROA: "Dessa forma, emerge a importância da interatividade ou da interação, no ROA, um celeiro do conhecimento, entre os membros das comunidades de aprendizagem" (texto de António Carlos). Essa torca de informação possibilita o gerenciamento da informação "possibilitando aos usuários significarem os dados, transformando-os em conhecimento que podem ser partilhados por pessoas em diferentes pontos do mapa, construindo, assim, uma inteligência coletiva, que está em constante crescimento."( Levy, 1994- texto de Lynn Alves).
Essa inteligência coletiva baseia-se na construção da informação que constará na web, no caso dos ROA. Em conjunto os sujeitos podem contribuir para melhorar o funcionamento e as informações. Neste caso, o saber não possui apenas a um individuo mas ao conjunto de individuos. Nao está depositado numas só entidade mas sim em toda a comunidade, todos contribuindo para o mesmo objetivo. Podem, desta forma, partilhar conhecimentos, trocar informações, construir novos conhecimentos e aprenderem uns com os outros.
Pode-se concluir que, pensando e trabalhando em conjunto, facilita o melhoramento do sistema, ampliam o conhecimento beneficiando não apenas aqueles que fazem parte da "inteligência coletiva" mas também todos os usuários que, diariamente, utilizam a web para o seu próprio enrequecimento.

O Salto dos Recordes

Relativamente a este objeto de aprendizagem, o comentário que posso fazer é favorável. A meu ver apresenta facilidade no seu uso e na sua compreensão tendo em conta o publico alvo a que se destina, é de facil compreensão por possuir uma linguagem simples, a interface é adequada e atrativa e a usabilidade é de fácil navegação, oferencendo ajuda aos utilizadores com instruções claras. Além dessa ajuda possibilita também explicações sobre como proceder e, no final, elabora uma série de conclusões sobre o que aconteceu.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pensamento na educação

Hoje em dia o que se verifica no ensino é a separação do todo em partes, como se fossem distintas. Acredita-se que se aprende melhor separando os conteúdos, aprendendo separadamente. O que texto de Morin nos fala é que só conhecemos as partes se conhecermos o todo em que se encontram e só será possível conhecer o todo se conhecermos as partes que o compõem, dizendo que esse é o problema do conhecimento.
O nosso pensamento foi treinado a pensar separadamente, a analisar as coisas uma de cada vez sem as relacionar. Quando é necessário fazer essas relações muitas vezes se torna difícil, nosso cérebro quase que bloqueia. O próprio sistema educativo perpetua a separação em vez da ligação, separando o ensino por conteúdos ( biologia, psicologia, sociologia) ficando cada um responsável por determinado assunto mas esquecendo de os relacionar. Dessa forma se estuda o ser humano, de forma separada, o que se torna difícil. Difícil porque o ser humano é um ser complexo, que sofre mutações pelo seu contato com a sociedade. Não é um ser constante. Esse modo de ensino nos torna mais sábio em alguns conteúdos mas, ao mesmo tempo, nos torna menos sábio quando temos que relacionar as partes no seu todo. Temos dificuldades em possuir um pensamento complexo, capaz de relacionar vários conteúdos, de analisar o todo e não apenas as partes que o compõem.
Como nos é mencionado no texto, a cultura geral ainda procura o conhecimento através da contextualização. Como é o caso da cultura científica e técnica, separando os saberes sem se importar em colocar esse conhecimento num contexto. O pensamento complexo facilita o relacionamento entre as partes e o todo. Não faz uma separação mas sim uma união.
Morin coloca no texto a o papel da universidade e da sociedade, mencionando ser necessário que seja feita uma mudança na educação para a implementação do pensamento complexo. Mas de que forma será possível? e será que terá resultados numa sociedade adestrada a pensar separadamente? Será a necessidade responsável pela forma de pensar ou será a sociedade? Quem mudar primeiro?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Relação com o saber!!!

No texto de Lévy o tema central é a cibercultura, ciberespaço, e a nova relação com o saber no futuro dos sistemas de educação e formação. Para Levy, o futuro dos sistemas de educação e formação devem ser pensados tendo em conta a velocidade com que surgem e se renovam os saberes; a nova natureza do trabalho e a crescente transação de conhecimentos; e, o facto de o ciberespaço suportar tecnologias intelectuais que ampliam, exteorizam e modificam as funções cognitivas humanas, favorecendo novas formas de acesso à informação, novos estilos de raciocinio e conhecimento, o que faz aumentar o potencial da inteligência colectiva.
Para ter acesso ao saber, ao conhecimento, já não se torna necessário definir com antecedência o programa que se vai seguir, já não é necessário planejamento. Através de um novo espaço- o ciberespaço- o individuo tem a possibilidade de ter acesso a esse conhecimento, ao saber que pretende adquirir. São exemplos dessa nova forma de obtenção de conhecimento o EAD (ensino aberto e à distância) que explora certas técnicas de ensino à distância, um novo tipo de pedagogia que possui dupla função: aprendizagens personalizadas e aprendizagem colectiva, tudo isto possivel através do computador. A questão que se coloca é o papel do professor. Deixou de ter importância? Eu creio que não pois, neste caso, ele deixa de ser transmissor de conhecimento e passa a ser um "animador da inteligência colectiva". Passa a possuir um papel secundário mas não menos importante. Este novo tipo de ensino acaba por ser uma revolução no método de ensinar mas será que pode ser comparado com o método tradicional dentro de uma sala de aula? Terá o mesmo valor, o mesmo resultado? Sairão preparados para o mundo de trabalho? Assim como o professor tende a obter um papel secundário na transmissão do saber, as universidades e as escolas passarão também a ter outra função: não serem mais as detentoras do poder da criação e transmissão do conhecimento mas sim uma função de orientadoras de percursos individuais.
O uso da Internet ganha proporções estrondosas. Usado por milhares de usuários, a Internet passou a ser um dos principais eixos de desenvolvimento do ciberespaço. Trata-se de um espaço onde tudo pode ser encontrado, em mutação constante, actualizações constantes. Hoje qualquer um tem acasso ao conhecimento, tenso a capacidade de autoeducar-se.
A transmissão do saber sofreu alterações ao londo dos tempos. Inicialmente o saber era transmitido através da palavra, estando depositado na "comunidade viva". Com o surgimento da escrita o saber passou a ser transmitido através dos livros. E agora? Assiste-se a uma forma diferente de transmitir conhecimento: o ciberespaço, onde as comunidades humanas descobrem e constroem seus objectos e se reconhecem como colectivos inteligentes.
O ciberespaço tende a tornar-se, na opinião do autor, a principal infra-estrutura de produção, transação e gerenciamento económicos, sendo em breve o principal equipamento colectivo internacional da memória, pensamento e comunicação. Trata-se de um memorizador, onde se pode armazenar toda e qualquer informação, passando o pensamento a ser colectivo e não individual, facilitando a comunicação, independentemente das proximidades geograficas e das filiações institucionais.